Você sabe dizer quais são os principais portos do Brasil? Aqueles que, acima de tudo, possuem grande participação no comércio exterior do país?
O Brasil, a propósito, é um grande país com uma imensa costa litorânea banhada pelo oceano Atlântico. Só para ilustrar, são 7.367km de litoral. Isso significa que podemos aproveitar muito do transporte marítimo.
Além disso, contamos com grandes bacias hidrográficas no interior do país, facilitando não só o comércio pelo oceano, como também via rios internos.
Não à toa, temos como resultado diversas instalações portuárias ao longo de todo o território brasileiro.
Hoje veremos algumas características dos portos do Brasil, bem como conheceremos quais são os principais, abordando suas características e dados de movimentação.
Acompanhe!

Importância e números dos portos do Brasil
Antes de mais nada, precisamos entender qual é a relevância que os portos do Brasil possuem.
Olhando para trás, o sistema portuário existe desde o período colonial, com infraestruturas rudimentares que possibilitavam o tráfego de mercadorias entre Portugal e suas colônias.
Posteriormente, em 1808, o Brasil foi inserido na economia internacional ao abrir seus portos às nações amigas.
Hoje o país conta com 175 instalações portuárias de carga no total. Esse número envolve não apenas portos e terminais marítimos, mas também instalações aquaviárias.
Destes, 99 são portos e terminais marítimos, localizados ao longo da nossa costa. Ou seja, os outros 76 terminais se encontram no interior e usufruem de nossas extensas bacias hidrográficas.
O órgão que fiscaliza as atividades nas instalações portuárias é a ANTAQ, a saber, Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
Segundo seu estatístico aquaviário, só para exemplificar a importância dos portos do Brasil, entre janeiro e julho de 2022 foram movimentadas 690 milhões de toneladas de carga.
Do total, quase 79 milhões foram transportadas por vias interiores.
A principais mercadorias foram minério de ferro (196 milhões), petróleo e derivados (108 milhões) e soja (79 milhões).
Além disso, também vimos um grande volume de transporte de carga conteinerizada. Nos primeiros 7 meses de 2022 foram quase 4 milhões de TEUs (Twenty-Foot Equivalent Unit = uma unidade de 20 pés).
Os principais produtos no período foram plásticos, carne, madeira, produtos químicos orgânicos e máquinas, obras de pedra e gesso, além de ferro e reatores nucleares.
Quais os principais portos do Brasil?
Aqui veremos quais são os principais portos do Brasil, conferindo algumas de suas características e movimentações.
Assim como os dados gerais que vimos acima, os dados que veremos especificamente de cada um dos portos foram retirados do Estatístico Aquaviário ANTAQ.

Porto de Santos, São Paulo
Comecemos pelo Porto de Santos, administrado pela Santos Port Authority (SPA), empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura (MINFRA).
Situado no literal paulista, até a crise de 1929 o terminal exportou principalmente café. Logo após, soja, maquinária e outros produtos passaram a ter expressividade nas movimentações do porto.
Seu cais conta com aproximadamente 16km de extensão e 8 milhões de m² de área. Em outras palavras, podemos dizer que seu tamanho equivale a 1200 campos de futebol.
Em 2019, segundo o ranking One Hundred Ports 2020, foi o 43º porto do mundo em movimentação, com 4.1 milhões de TEUs movimentados.
Só para ilustrar, ele é responsável por 40% de todo o comércio brasileiro de carga conteinerizada. A propósito, Santos foi o único porto brasileiro da lista.
Entre janeiro e julho de 2022, o porto movimentou 74 milhões de toneladas de carga.
Destas, as principais movimentações foram: containers (21 milhões), sementes e oleaginosas (19 milhões), açúcares (7 milhões) e combustíveis (5 milhões), bem como cerais (4 milhões).
Porto de Paranaguá, Paraná
Em segundo lugar, outro dos importantes portos do Brasil é o Porto de Paranaguá, localizado no Paraná.
Se trata do maior porto graneleiro da América Latina e, da mesma forma que o Porto de Santos, é também um porto público.
Ele é administrado pela APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), empresa pública vinculada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística.

A saber, seu cais possui uma extensão de 4,2 mil metros e sua área total é de 2,3 milhões de m².
Sua área de influência passa por 8 estados brasileiros, daí resulta sua grande importância. São eles: Goiás, Mato Groso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
O porto movimentou nos primeiros sete meses de 2022, a propósito, 30 milhões de toneladas de carga. Destas, a principal forma de movimentação se deu em granel sólido (68,5%), seguido de carga conteinerizada (21,6%).
No que diz respeito às mercadorias, tivemos participações expressivas de sementes e oleaginosas (7 milhões de toneladas), adubos (5 milhões), cereais (2 milhões) e açúcares (2 milhões).
Portonave, Santa Catarina
Em seguida está a Portonave, localizada na cidade de Navegantes, Santa Catarina.
Foi o primeiro terminal brasileiro privado para containers e a operação, embora tenha sido aprovada em 2001 pelo Ministério dos Transportes, só iniciou em 2007.
Sobre sua infraestrutura, o porto conta com 400 mil m² e 900 metros de cais, bem como três pontos de atracação. Além disso, sua capacidade de armazenagem é de 30 mil TEUs.
O principal destaque da Portonave é, sem dúvida, a Iceport: uma câmara frigorífica automatizada e equipada com tomadas, além de 50m² para armazenagem.
De maneira idêntica aos portos anteriores, analisaremos os dados do Portonave entre janeiro e julho de 2022. Nesse meio tempo, a movimentação foi de 6 milhões de toneladas de carga, conteinerizada em sua totalidade.
As principais participações foram não só de madeira e carvão vegetal (22,8%) e carne (14,2%), como também de plásticos (8,8%) e produtos químicos orgânicos (4.2%).
Porto do Rio de Janeiro
Posteriormente, outro dos importantes portos do Brasil é o Porto do Rio de Janeiro, administrado pela Companhia Docas do estado. Ou seja, ele é mais um porto público.
Ele ocupa a Baía de Guanabara e suas primeiras movimentações foram registradas no ano de 1870. Contudo, foi só em 1910 que a estrutura formal, modernizada para a época, foi inaugurada.

O porto opera principalmente produtos da indústria de transformação, com alto valor agregado. Só para ilustrar, a média é de US$ 1.278 por tonelada.
Durante o período que estamos observando, o porto movimentou 6.2 milhões de toneladas de carga, com 75,5% (4,7 milhões) sendo transportada em containers.
Desse total de carga conteinerizada, os principais produtos foram: obras de pedra e gesso (30,5%), plásticos (6,6%), café e especiarias (6%) e ferro e aço (4,5%).
Porto de Suape, Pernambuco
Nosso próximo porto é o de Suape, inaugurado nos anos 80. Analogamente ao Porto de Paranaguá, também é um porto público, administrado pela SUAPE – Complexo Industrial Portuário Governa Eraldo.
Sem dúvida é um dos principais portos do Brasil e do Nordeste. Isso porque 90% do PIB produzido na região está no raio de 800km do porto, Suape é fundamental e estratégico para ela (conexos).
Entre janeiro e julho de 2022 o porto já movimentou 13 milhões de toneladas de carga.
Destas, a principal participação foi de combustíveis minerais (66%), seguido de carga conteinerizada (23%), produtos químicos orgânicos (3,9%), cereais (2,5%) e líquidos alcoólicos (1,8%).

Porto de Rio Grande, Rio Grande do Sul
Por fim está o Porto do Rio Grande. A saber, ele é administrado pela SUPRG, uma empresa pública vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Rio Grande do Sul.
Em virtude de sua proximidade com Uruguai, Argentina e Paraguai, ele também é conhecido como Porto do Mercosul.
Além disso, trata-se de um dos maiores portos do Brasil em infraestrutura e características naturais, tais como berço de atracação e profundidade.
Nos sete primeiros meses de 2022 o porto movimentou um total de 13 milhões de toneladas.
Nesse todo, foram 23,9% de carga conteinerizada, 18,1% de cereais, 16,6% de pastas de madeira e 13,5% de adubos movimentados.
Ainda, em se tratando das cargas conteinerizadas movimentadas, foram 171 mil TEUs.
As principais participações foram: plásticos (19%), cereais (17,4%), carnes e miudezas (13,4%) e tabaco (8,6%), bem como madeira e carvão vegetal (5%) e borracha (2,9%).
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