Para que uma importação ou exportação ocorram, são necessárias as figuras de vários intervenientes, sendo que um deles é o representante portuário e aeroportuário.
Este profissional é responsável por intermediar o contato entre importadores/exportadores e autoridades portuárias/aeroportuárias. Além disso, ele deve facilitar o diálogo entre transportadores, armadores e outros prestadores de serviços logísticos.
Portanto, seu papel é fundamental para o funcionamento do comércio exterior, pois ele possibilita que as cargas sejam movimentadas de forma eficiente e segura.
Neste artigo, iremos abordar quais são as atividades, rotina e desafios do representante portuário e aeroportuário. Daremos também algumas dicas para economizar no seu embarque internacional.
Então, fique conosco até o final desta leitura.
Quais os desafios da rotina operacional nos portos e aeroportos?
A rotina operacional nos portos e aeroportos é complexa, pois além de envolver uma série de fatores, ela também impacta diretamente na eficiência e segurança das operações de empresas importadoras e exportadoras.
O representante portuário e aeroportuário se depara com muitas situações diferentes no seu dia a dia. Os desafios operacionais mudam conforme o tipo de carga, porém existem aqueles que são mais comuns. Estes são os que abordaremos aqui. Veja abaixo a nossa seleção:
- logística complexa: por envolverem uma variada gama de mercadorias que possuem características distintas, sua movimentação, armazenagem e distribuição precisam ser realizadas com toda a eficiência, pois um erro poderá comprometer a carga e/ou a segurança do local de armazenagem e movimentação da carga;
- regulamentações e normas: os portos e aeroportos estão sujeitos a diversas normas e regulamentações relacionadas à segurança, meio ambiente e trabalho, sendo que não é todo tipo de carga que pode ser armazenada em suas facilidades. Diante disso, exige-se dos profissionais um conhecimento detalhado de normas, para garantir que o local opere corretamente;
- eventos extraordinários: imprevistos como condições meteorológicas adversas, greves ou avarias em equipamentos podem afetar as operações e exigir uma resposta rápida e eficiente.
Em síntese, as rotinas nos portos e aeroportos envolvem mais do que o envio e recebimento de mercadorias. Por isso, a figura do representante portuário e aeroportuário se faz necessária.
Afinal, ele supervisionará seu embarque e providenciará tudo o que for necessário para agilizar o andamento do processo de comércio exterior.
Quais as principais atividades de um representante portuário / aeroportuário?
O papel do representante portuário e aeroportuário envolve a coordenação e gestão de todas as atividades realizadas dentro dos terminais de carga. Este profissional procura garantir a segurança, a eficiência e a qualidade dos serviços e o cumprimento das leis vigentes em benefício da empresa contratante. Suas atividades podem incluir:
- coordenação das operações: abrange o acompanhamento do embarque e desembarque das cargas e a coordenação com outras áreas do terminal, como segurança e manutenção, assegurando assim, a integridade da operação;
- monitoramento de segurança: o representante portuário e aeroportuário deve certificar-se de que todas as operações ocorram dentro das normas de segurança aplicáveis. Ele deve orientar sobre os procedimentos e destinações corretas de cada embarque;
- atendimento: este profissional deve estar apto a atender as necessidades dos clientes, fornecendo informações e solucionando problemas decorrentes dos serviços prestados pelos terminais de cargas, bem como auxiliar na condução de processos de reclamação junto às companhias marítimas e aéreas;
- coordenação de serviços terceirizados: este representante pode ser responsável por coordenar serviços terceirizados, como serviços de presença de carga, remoção da carga, entrega e retirada de documentos originais;
- resolução de problemas operacionais: o representante portuário e aeroportuário precisa ser capaz de solucionar problemas operacionais imediatamente, para evitar perdas econômicas e garantir a ocorrência dos serviços dentro dos prazos planejados.
Além das funções comuns, existem ainda algumas distinções entre procedimentos e protocolos entre os modais aéreo e marítimo que irão fazer com que este profissional opere de formas diferentes em cada situação.
Diante disso, abordaremos a seguir, as particularidades de cada modal e como o representante portuário e aeroportuário age diante delas.
Modal marítimo - representante portuário
O modal marítimo é um dos mais utilizados devido ao seu custo-benefício. Se caracteriza pela movimentação de mercadorias que chegam aos portos em contêineres, caminhões, linhas férreas, entre outros e que são armazenadas até que sejam autorizados o seu ingresso ou saída do país.
É de responsabilidade do representante portuário acompanhar a carga e a descarga dos navios, principalmente para se certificar sobre a integridade da mercadoria.
Ademais, é de sua alçada supervisionar os processos de redestinação da carga, onde uma mercadoria não é armazenada no terminal de atracação do navio, e sim em um terminal da preferência do cliente, desde que esteja no mesmo porto de destino.
Ainda, o representante portuário acompanha a atracação via sistema da Marinha Mercante. Ele também pode consultar o pagamento das taxas necessárias para o desbloqueio da mercadoria no Siscarga.
Caso a carga esteja com alguma pendência financeira, a mercadoria não poderá seguir para o destino final, mesmo que já tenha todos os documentos e liberações da Receita Federal.
Por fim, ressaltamos que este profissional é responsável por acompanhar as inspeções físicas da mercadoria solicitadas pelos órgãos anuentes e/ou Receita Federal.
Modal aéreo - representante aeroportuário
Neste modal, o transporte de mercadorias é caraterizado pelos volumes fracionados e quase sempre em pequenas quantidades, em razão do seu alto custo. Contudo, sua vantagem é a velocidade de transporte em relação ao modal marítimo.
O representante aeroportuário precisa estar atento ao tratamento da carga no momento do embarque ou desembarque. Veja abaixo os tratamentos mais comuns:
- TC1: tratamento apenas para determinados regimes especiais como, por exemplo, RECOF. Se caracteriza pela liberação imediata da carga, sem armazenamento;
- TC4: mais utilizado nas importações, ele se caracteriza pela remoção, através de Documento de Trânsito Aduaneiro (DTA), de mercadoria de zona primária para secundária, sem a necessidade de armazenamento, porém, se em até 24h após a chegada, não houver vinculação de documento liberatório, o sistema gera indisponibilidade, sendo a carga armazenada e o tratamento alterado para TC7;
- TC5: utilizado para cargas sem armazenamento e que serão enviadas a outros países por meio de Declaração de Trânsito Internacional (DTI). Após 24h da chegada da carga, o armazenamento é obrigatório, passando para o tratamento TC8;
- TC6: a mercadoria é armazenada e cabe ao importador decidir se irá desembaraçar a mercadoria em zona primária ou secundária;
- TC7: utilizado para cargas que serão armazenadas e removidas por DTA para outros recintos onde serão nacionalizadas.
- TC8: utilizado para cargas armazenadas e que serão destinadas a outros países por meio de DTI;
- TC9: destinado às cargas em regime de Remessas Expressas (courier).
Pode parecer um detalhe, porém o tratamento incorreto do embarque pode gerar atrasos e perdas econômicas ao importador ou exportador.
Além disso, o representante aeroportuário é também responsável por acompanhar e retirar os documentos originais da mercadoria junto aos agentes de carga e companhias aéreas e acompanhar toda a situação da carga no Mantra até a autorização para o registro da declaração de importação ou exportação.
Como reduzir os custos do seu embarque internacional
Como conteúdo adicional, iremos compartilhar com vocês algumas dicas para redução de custos no seu embarque internacional, para ter uma operação ainda mais enxuta.
Faça muitas cotações de frete internacional
Realizar cotações com vários agentes de cargas é essencial para redução de custos, pois existem várias empresas que oferecem o mesmo nível de serviço, mas a preços variados devido aos seus acordos, volume de cargas embarcadas e estrutura.
Ter uma rede de bons agentes e solicitar várias propostas pode diminuir consideravelmente o custo final do seu embarque.
Otimize sua embalagem ao máximo
Escolher a embalagem com o tamanho e especificações corretos evita custos desnecessários. Nesse sentido, esclarecemos que as dimensões da embalagem contam e muito na formação do valor do frete internacional. Portanto, otimize sua embalagem ao máximo.
Ademais, tente consolidar as mercadorias em um único embarque, assim você pagará por um único frete e evitará espaços vazios. Dessa forma, haverá menos chances de movimentação da carga durante o transporte, evitando assim que ocorram avarias.
Por fim, faça uma boa apeação para evitar que o volumes se soltem durante o transporte.
Não abra mão do seguro internacional de cargas
É imprescindível contratar um seguro internacional de cargas, pois existem muitas variáveis não controláveis durante toda a operação, tais como clima, avarias durante a movimentação e armazenagem da carga, entre outros.
A depender da cobertura do seguro, será possível reaver parte do valor investido no frete.
A Ohpers agiliza os trâmites operacionais do seu embarque internacional
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